Conheça por dentro a fábrica da Carmen Steffens

Extraído do Chic.ig

Conhecemos por dentro a fábrica da Carmen Steffens, do processo de produção do couro ao design dos sapatos e bolsas

Higor Dorta | 23.07.2012

Foto 1 de 26 / Divulgação - Salvar foto A entrada da fábrica da Carmen Steffens localizada em Franca, interior de São Paulo

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A convite da Carmen Steffens, visitamos na quarta-feira (18.07) a fábrica da marca de acessórios em Franca, no interior de São Paulo. Em passeio guiado, foi apresentado todo o processo de criação das peças, desde o tratamento do couro (produzido em curtume próprio) até a finalização dos produtos, como bolsas e sapatos. Criada em 1993 pelo presidente Mario Spaniol, a Carmen Steffens soma, ao todo, sete fábricas na região.

A principal fábrica conta com 2.200 funcionários e um sistema de produção enorme. O trecho mais interessante é a área em que se encontra o curtume, que recebe o couro recém-tirado (que passa por um longo processo de tratamento químico), a secagem, a coloração e, por fim, a texturização com diferentes padrogens, que podem imitar couro de cobra ou de crocodilo. Isso faz com que a produção seja em grande escala e, com isso, somente uma parte seja utilizada pela marca e o restante comercializado. “25% do couro produzido na fábrica é usado para os produtos Carmen Steffens, o restante é vendido para empresas de todo o país”, explica o gerente de expansão, Fábio Vinícius Tornich.

À frente da criação está Monalisa Spaniol, mulher de Mario, que é a responsável pelas coleções. “Minhas pesquisas consistem nas viagens que faço e o foco da criação é a brasilidade. Desde o início da Carmen Steffens o meu gosto pessoal foi uma inspiração, então as peças são bem coloridas, são a minha cara”, conta Monalisa. Com 80 linhas e a produção de três milhões de peças ao ano, o presidente da marca não arrisca definir o perfil da consumidora Carmen Steffens: “Antes éramos uma marca de noite, festa e balada. De três anos para cá, decidimos pensar no estado de espírito das mulheres para estar presente em todos os momentos do dia que ela vai viver”.

Um ponto importante que a marca atenta é a maneira como a forma dos calçados são definidas, pensando no conforto. “Levamos cinco anos para desenvolver o calço que temos hoje, ajustamos até chegar a um formato que não muda. Hoje, 70% das mulheres calçam perfeitamente esta forma, e com o restante é realizada a medição do pé para nossa pesquisa e para atender às exceções”, explica Mario. Segundo ele, os sapatos das grandes marcas norte-americanas e europeias seguem uma modelagem que “engessa o pé da mulher”, e que a prioridade é prezar pelo conforto trabalhando com a forma meio ponto, ou seja, que aumenta meio número na forma dos calçados.

O presidente da marca falou também sobre a presença no exterior e as dificuldades de se estabelecer fora do país. “Faz dez anos que estamos fora do Brasil, mas há apenas cinco que as coisas começaram a andar. O início é sempre difícil, você não tem credibilidade e é preciso se adaptar ao mercado”, ressalta. Hoje a marca conta com 17 lojas pelo mundo, inclusive quatro em Paris, e os planos são de aumentar este número para 40 em apenas cinco anos.

Por fim, a novidade ficou por conta da linha de estofados que a empresa pretende lançar em 2013. “A Carmen Steffens Casa vai contar com sofás e outros objetos de decoração em couro, tudo comprado somente pela internet”, revela Mario.

Agora é só dar uma olhada na galeria e conferir as principais etapas de produção registradas em nossa visita.