Pesquisa Linda

À Flor da Pele


Por Judith Nemirovsky, mãe de Tatiana Nemirovsky Assaad
Bom dia Ruth.
Li seu artigo sobre acidentes na calçadas.
Minha filha Tatiana sofreu um acidente de trânsito na madrugada do dia 11/09/2011. Mando uma foto nossa, de um tempo em que eu acreditava na vida e na humanidade.
Tatiana estava retornando de uma festa, Chá de Alice, no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, o MAM.
Estava com mais dois amigos no banco traseiro de um táxi.
Tatiana era acondroplásica, um tipo de nanismo ósseo em que os ossos longos – dos braços e das pernas – têm um crescimento reduzido.
Sabemos o que significa ser diferente.
Os olhares e preconceitos que teve de superar.
E ela superou. Teve muitos amigos, fez faculdade de cinema, curso em Nova York.
Dirigiu alguns curtas como “À Flor da Pele” e “Um Outro Alguém”, ambos no youtube.
Segundo o motorista do táxi onde ela estava, o sinal estava aberto para ele, que mesmo assim reduziu e verificou se estava tudo bem e seguiu.
Um outro carro veio correndo e bateu na lateral dele, que saiu rodando.
Minha filha estava no meio e bateu com o peito nos bancos dianteiros, além de bater com a cabeça em vários locais.
Fraturou vértebras cervicais e costelas.
Dos dois amigos, um desmaiou na hora, precisou levar alguns pontos e já está bem. A amiga ficou com dores no corpo por alguns dias, teve insônia, mas já está na vida normal.
Os dois motoristas nada sofreram.
O motorista que bateu no táxi parou, chamou a polícia e disse que a culpa era do motorista do táxi onde minha filha estava.
Um acha que o outro é culpado.
Aparentemente nenhum dos motoristas havia bebido.
MInha filha faleceu de insuficiência respiratória no dia 26/09/2011, no dia do aniversário dela, em que completou 26 anos.
Não saiu nos jornais, não foi notícia, não houve alarde.
O motorista do táxi acionou o reboque da empresa, que retirou o veículo do local antes da vistoria.
Tudo isto está na 5a  DP, em meio a inúmeros processos, para ser olhado pelo delegado.
Ela morreu aos 26 anos. E não existem culpados.
Simples assim.
(Fiquei parada ao ler a carta de Judith e ver sua foto com Tatiana. Recentemente, escrevi uma coluna na Época intitulada Vida pedestre e depois coloquei aqui um post sobre a falta de noção e compostura da atropeladora. Eu escrevi sobre como os pedestres são vulneráveis nessa selva que é nosso trânsito brasileiro. Somos alvos fáceis de motoristas irresponsáveis, barbeiros, bêbados, sem carteira, agressivos – mas o foco principal da coluna era a impunidade. Assistimos impassíveis a um assassinato após o outro nas ruas e nas estradas, sem que se investigue direito – a não ser que o morto tenha muito poder -, e sem uma legislação compatível com a gravidade do crime. Ninguém vai preso por matar os outros no trânsito, vejam o caso de Edmundo – “pena prescrita”? Ou seja, não se faz justiça por culpa da lentidão e dos recursos dados aos criminosos pela própria Justiça? É um desrespeito com as famílias das vítimas e um estímulo à continuação das bandalheiras. Recebi esta carta acima, e me comovi com a história, pedi a ela permissão para compartilhar com vocês)
Ruth de aquino é colunista de ÉPOCA, morando atualmente na Euro

Como as mulheres chegam ao orgasmo

O pesquisador da Universidade Rutgers recrutou 11 mulheres para que elas se estimulassem sexualmente (uma de cada vez) dentro de um aparelho de ressonância magnética.
Komisaruk e sua equipe registraram quais áreas do cérebro eram ativadas quando as mulheres tocavam a vagina, o clitóris e o colo do útero, com os dedos ou brinquedos sexuais. As voluntárias, que tinham entre 23 e 56 anos, ganharam US$ 100 para participar das sessões da pesquisa, que duravam entre uma e duas horas. As imagens do funcionamento do cérebro das mulheres foram publicadas no final do mês passado no jornal da Sociedade Internacional de Medicina Sexual. Ganharam o apelido de “mapa do prazer feminino”.
Antes que leitores do sexo masculino se entusiasmem, é preciso avisar que as descobertas de Komisaruk não se traduzem em sugestões para satisfazer as parceiras. Mas dão pistas sobre onde começar. Os estímulos na vagina e no clitóris acionam áreas diferentes do cérebro, o que provaria que os orgasmos ligados a essas duas regiões não são iguais. “Ao contrário do que dizem muitos sexólogos – que o clitóris é responsável pela maior parte do prazer feminino –, os estímulos vaginais também produzem ativações fortes no cérebro”, disse Komisaruk.
A conclusão mais interessante do estudo é sobre a sensibilidade dos mamilos, uma área frequentemente menosprezada por homens que vão direto ao ponto sul, e não ao norte. Os pesquisadores descobriram que estimulá-los ativa as mesmas zonas cerebrais ativadas pelo toque na região genital, embora com intensidade menor. Isso explicaria por que algumas mulheres, segundo relatos colhidos pelos cientistas, podem ter orgasmos pela estimulação do mamilo.



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